A cada ano, as crianças e adultos que participam do Geração+ inauguram um legado de desenvolvimento sustentável para tornar suas escolas e comunidades mais bonitas, mais verdes, mais acolhedoras. Algumas dessas histórias você encontra aqui, no nosso site. Para começar o próximo ciclo do Geração+ com o pé direito, reunimos algumas das melhores histórias de 2019. Encante-se, aprenda, inspire-se!
Era uma vez em Sabino… um terreno que queria fazer parte da escola. Ele morava bem na frente dela, e via todos os dias as crianças chegando felizes, brincando e sorrindo. O terreno queria que as crianças olhassem pra ele da mesma forma que olhavam pra escola.
Até que num belo dia o Geração+ chegou na escola que fica na frente do terreno, a EMEF Despertando para a Vida. E mudou a forma como os professores e estudantes olhavam para o terreno. É que eles decidiram transformá-lo num laboratório de Ciências a céu aberto – um espaço onde as crianças podiam aprender sobre a terra, o desenvolvimento das sementes, a estrutura das plantas…
Assim, o terreno se tornou em uma horta linda, cheia de alimentos saborosos!
A transformação do terreno em horta inspirou outras mudanças na escola. É que havia na EMEF Despertando para a Vida um aluno que gostava muito de fazer perguntas. Seu nome era Gustavo, e ele curtiu tanto o laboratório de plantas da escola que decidiu criar um parecido em casa. Com a ajuda da avó, ele fez uma horta suspensa para observar de pertinho o que acontece com as mudas e plantinhas. E a transformação não parou aí: Gustavo mudou até seus hábitos alimentares, pois passou a comer os verdinhos que saem da horta, e que ele mesmo planta.
Era uma vez em Promissão… uma escola onde as crianças se preocupavam com os agrotóxicos utilizados na produção de alimentos. É que a escola onde eles estudavam, a EMEIF Cantinho do Céu, ficava numa agrovila, e os alunos eram todos filhos de agricultores. Quando eles ouviram que “comer é colocar o mundo pra dentro”, ficaram tão sensibilizados que decidiram fazer algo para contribuir para o uso de técnicas naturais na produção de alimentos.
Eles fizeram um hotel para abrigar insetos polinizadores e outros bichinhos que cuidam do controle de predadores – ou seja, que fazem o mesmo trabalho dos venenos, mas sem prejudicar nada nem ninguém. A existência desses bichinhos foi importante para manter saudáveis as mudinhas que eles plantaram na horta. Os dois espaços, o hotel de insetos e a horta, se tornaram ferramentas para aplicar os conhecimentos adquiridos nas aulas e observar os resultados. E, acima de tudo, espaços que produzem alimentos saudáveis e bem naturais!
A horta e o hotel de insetos deram tão certo que as crianças compartilharam com os familiares as técnicas que aprenderam na escola.
Era uma vez em Brejo Alegre… um milagre, e o nome dele era Ryan. Ryan era pouco dedicado aos trabalhos escolares e não se relacionava muito bem com os colegas. Até que um dia a EMEF José João Abdalla, onde ele estudava, recebeu umas caixas enormes, que ninguém sabia o que eram. E veio o convite da professora Tânia: vamos descobrir o que tem aí dentro?
Todos ficaram surpresos e alguns até enojados quando se depararam com… MINHOCAS! Menos Ryan: ele ficou encantado! Quando a professora Tânia comentou que aquelas caixas e minhocas eram capazes de transformar o lixo orgânico da escola em adubo, Ryan se prontificou a assumir a responsabilidade pela tarefa.
O mais surpreendente é que o envolvimento de Ryan com as composteiras afetou seu comportamento. Ele começou a se interessar pelos assuntos das aulas e se tornou mais responsável, dedicado, generoso e sociável, surpreendendo professores e colegas. Exatamente o que um milagre é: algo fora do comum, que ninguém espera.
Era uma vez em José Bonifácio… uma menina decidida, cheia de ideias e que tinha um monte de amigos. Seu nome era Eloá. Ela estudava na EMEF Professora Eliana Bertazoni dos Reis e prestava bastante atenção nas aulas. Um dia ela ouviu a professora falar sobre o grande problema que é o descarte incorreto do lixo. E como era muito decidida, resolveu fazer alguma coisa para mudar essa situação.
Nesse mesmo dia ela notou, voltando pra casa, que havia vários papéis de bala, de biscoito, de salgadinho jogados no chão do ônibus. Inspirada pelo que aprendeu na escola, Eloá decidiu recolher os papéis e levar pra casa, pra dar um descarte correto a eles. E ela se sentiu tão bem com o bem que fez, que resolveu fazer a mesma coisa na escola: na manhã seguinte, ela pediu pra professora um saco plástico para catar os resíduos da escola. E como Eloá tinha muitos amigos, contagiou todos eles. De repente, tinha mais de 10 crianças catando o lixo jogado no recreio! Uma atitude que fez todo mundo prestar mais atenção a suas próprias atitudes.
Era uma vez em Ubarana… uma menina tímida que descobriu, ao ver as composteiras do Geração+, que adorava minhocas. Ela não tinha nojo nem medo, como muitos de seus colegas. Ela gostava de ver as bichinhas se remexendo, buscando alimento na terra. Então a menina, que se chamava Kemily, e estudava na EMEF José Roberto Cândido da Costa decidiu fazer uma composteira só dela!
Ajudada por sua mãe, ela montou uma composteira mais simples e barata do que a da escola, mas que funcionava igualzinho. Logo a família de Kemily tinha uma terra bem boa pra melhorar a vida das plantas do jardim. E não parou por aí: pra ensinar os colegas como é fácil e bacana ter uma composteira em casa, Kemily gravou um vídeo explicando passo a passo como foi a montagem e como funciona sua composteira.
Feliz com o resultado, a menina contou para sua professora o que havia feito. A professora ficou muito orgulhosa! É que ela entendeu exatamente o que aquele “hobby” significava: sua aluna havia aplicado de forma autônoma o que havia sido ensinado nas aulas do Geração+, uma enorme prova de aprendizado – e uma das maiores realizações para qualquer educador!
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